Conte-nos um pouco sobre si. Quem é, e como é que esta atividade nasceu e está hoje presente na sua vida?
Nasci em Luanda em 1972. Vim para Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, com apenas dois anos de idade e a paixão pelos automóveis surgiu muito cedo; lembro-me que comecei a conduzir com 13 anos de idade, em terrenos fechados.
Os automóveis e a condução sempre estiveram muito presentes na minha vida. Esta atividade foi algo natural para mim.
Ainda muito jovem, comecei a acompanhar provas ao vivo, com familiares: rampas como Murça, Falperra ou a Penha, ou os circuitos de Vila Real e de Vila do Conde.
Quando comecei a ter o meu próprio dinheiro, em 1997, comprei um Toyota Starlet para fazer Perícias, que era a modalidade mais barata. Logo no primeiro ano, ganhei o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal.
No ano seguinte, passei para o Ralicross e consegui alguns pódios. Mas percebi que o meu estilo era outro e mudei-me para a Velocidade. Ganhei os troféus Starlet e Yaris; no ano seguinte, passei para o Campeonato Nacional de Velocidade com um Honda Civic e fui campeão Nacional. Curiosamente, depois de ter sido campeão nacional de Velocidade, não consegui apoios para continuar e foi aí que me mudei para a Montanha. No Campeonato de Portugal de Montanha conto já com nove títulos, três deles consecutivos que me dão o título de tricampeão nacional de Turismos e já participámos em provas de caráter internacional, como o FIA Hill Climb Masters em Itália em 2018 e, mais recentemente em 2020, na Falperra.
Que provas tem tido e qual a sua prestação nas mesmas?
Este ano, começamos na Rampa de Murça com um segundo lugar. Ganhámos as rampas da Penha (Guimarães) e da Arrábida (Setúbal) nos Turismos, o que nos leva a liderar o Campeonato de Portugal. O nosso objetivo em 2022 é chegar ao tetracampeonato (quarto título consecutivo) nos Turismos.
O que faz com que tenha tanto sucesso?
Penso que é uma mistura de paixão, rigor e algum jeito natural para esta atividade. Apesar de não ser piloto a tempo inteiro, já que profissionalmente sou empresário, encaro a minha carreira com o máximo profissionalismo, em todas as vertentes, dentro e fora do carro. Penso que este cuidado com os detalhes também me ajudou a chegar onde cheguei, ao ponto de ser o único piloto português que foi campeão nacional em Perícias, Velocidade e Montanha.
A CJR Renewables tem apoiado a sua prestação. Qual a importância deste apoio empresarial?
Este apoio é muito importante e significativo para mim. Em primeiro lugar, pelo prestígio e pela dimensão Nacional e Internacional da CJR Renewables. Depois, porque a empresa é uma referência num setor que é cada vez mais importante nas nossas vidas e na nossa sociedade, inclusive no desporto automóvel. É um grande orgulho representar a CJR Renewables um pouco por todo o país, e não só.